Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Scripps, em Júpiter, na Flórida, podem ter descoberto uma pílula capaz de substituir – de certa forma, e em alguns casos – a prática de exercícios físicos. De acordo com um estudo publicado na revista Nature Medicine na última semana, eles relataram o desenvolvimento de um composto que, quando injetado em ratos obesos, acelerava seus metabolismos, aumentando o consumo de oxigênio e o gasto de energia pelosroedores em mais de 5% em comparação aos ratos que não receberam a injeção milagrosa. Os ratos que receberam a injeção tiveram melhora nos níveis de colesterol emagreceram mesmo com uma dieta altamente calórica, mesmo se exercitando menos que seus pares.
A substância desenvolvida pelo grupo de cientistas é capaz de aumentar a ativação de uma substância chamada REV-ERB, que controla o relógio biológico e parte do ritmo cardíaco dos ratos. Os cientistas não foram capazes de detectar com precisão, mas a conclusão inicial é que a proteína REV-ERB está diretamente ligada à presença de mitocôndrias nas células musculares – quanto mais mitocôndrias, maior a capacidade de consumo de oxigênio e maior o vigor físico.
Ratos com deficiência da proteína e, por consequência, menos mitocôndrias, e que foram medicados com a substância, correram por mais tempo e maiores distância que outros ratos, mesmo aqueles que haviam treinado anteriormente. É como se os animais medicados tivessem melhorado o condicionamento físico sem terem se exercitado.
A descoberta traz uma série de questões. No mínimo, poderia ser uma solução interessante para pacientes com deficiência ou impossibilitados de praticar exercícios físicos por algum motivo, que se beneficiariam dos efeitos da malhação mesmo sem poder praticá-la.
Mas e o dopping esportivo? E as possíveis consequências negativas do uso da substância, sobre as quais ainda pouco se sabe? E todas as outras vantagens de praticar atividades físicas, que jamais serão completamente replicadas por uma pílula?
Pois é. Por enquanto, o caminho é levantar do sofá: não tem outro jeito
Será?!?
Andreh Carvalho
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