segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Nádia Lapa, autora do livro "Cem homens em um ano -"Transei quantas vezes tive vontade e com quem eu quis"

Você aceitaria o desafio de transar com cem homens em um ano? As mais conservadoras provavelmente não, mas se você se interessou e até pensou em colocar na sua lista de objetivos de 2013 com certeza você é uma mulher moderníssima - seguindo a definição de Nádia Lapa. Ela é autora do livro Cem homens em um ano – As aventuras sexuais de uma mulher bem resolvida

Com boas histórias e detalhes picantes para contar, ela reuniu relatos de seus encontros casuais para quem quiser saber. E antes que alguém pergunte, ela já avisa: “Não, eu não transei com cem caras em um ano. É só que no início do ano passado percebi que estava com essa média, de dois caras por semana e daí veio a ideia do título”. 
Aproveitamos a semana de lançamento do livro para um bate-papo bem glamouroso com a autora. Confira!
Glamour: Transar com cem caras em um ano é algo bastante audacioso. A mulher precisa transar sem compromisso, ter bastante desprendimento... e o que mais? 
Nádia Lapa: Para ter vários parceiros diferentes é preciso estar mais aberta. As pessoas têm uma forminha e querem que o parceiro se encaixe ali, se o pretendente não tem uma das características consideradas essenciais nesse check list, é descartada. Isso é cruel, porque trata as pessoas como objetos para sua própria satisfação. Quando você deixa essas regrinhas pra lá, a coisa flui mais facilmente. 

Glamour: É quase inevitável para as mulheres ter um envolvimento emocional na hora do sexo como lidar com esse sentimento feminino genuíno e essa falta de compromisso?
Nádia Lapa: Eu não acho que exista um sentimento feminino genuíno. Essa ideia é construída socialmente não há nada biológico que justifique e que a gente repete sem entender o motivo. Eu sempre fiz sexo casual e tive grandes amores, alguns deles, inclusive, começaram como sexo casual. Quando há disposição, admiração e carinho mútuo, pode virar um relacionamento. 
Glamour: Você realmente não teve vontade de repetir nenhuma transa? 
Nádia Lapa: Tive, e repeti. Transei quantas vezes tive vontade com quem eu quis. No livro, no entanto, só falo sobre a primeira transa com cada cara e contextualizo as histórias onde houve maior envolvimento. Eu namorei com um dos caras e tive paixonites por outros. 

Glamour: Quais lições você aprendeu e tem a ensinar para as mulheres sobre o sexo sem compromisso? 
Nádia Lapa: Acho que cada um de nós tem que pensar sobre quais das nossas atitudes são realmente nossas e quais nos foram impostas culturalmente. Se, depois de pesar tudo, a mulher achar que sexo sem compromisso não é pra ela, ela não deve fazer. Caso a mulher queira ter diversos parceiros mas não o faz pelo medo de ser rotulada, ela deve considerar se vale a pena se impedir de viver por causa do julgamento social. 

Glamour: Você teria algumas dicas para passar para as mulheres que não conseguem desvincular o sexo do sentimento? 
Nádia Lapa: Eu faço sexo casual e adoro, mas não acho que é para todo mundo. Trata-se de uma decisão absolutamente subjetiva, cada um decide o que é melhor para si. Acho que há dois fatores importantes: Há quem só vá para cama depois do relacionamento ser estabelecido. Neste caso, acredito que a pessoa precise dessa garantia porque se não ela pensa que o cara não a está valorizando. O segundo fator é que às vezes, durante e depois do sexo, a mulher se apaixona. Pode ser porque ela acha que assim que deve ser ou porque ela está com os hormônios enlouquecidos com tanto prazer. Creio ser imprescindível que as pessoas entendam que vida sexual não tem qualquer relação com caráter. Enquanto você continuar se relacionando com gente careta, machista e hipócrita, sem se posicionar em relação a quem você é e do que você gosta, nada vai mudar.

Glamour: Você sente que a sociedade ainda é bastante preconceituosa com mulheres modernas?
Nádia Lapa: A sociedade é super preconceituosa, de maneira geral. Homens e mulheres. Li muitos absurdos a meu respeito. E é o que sempre digo: os xingamentos não eram para mim, eram para qualquer mulher que ousasse sair das linhas que foram traçadas mesmo antes de nascermos. Está na hora de apagarmos tais linhas. 
http://revistaglamour.globo.com/Amor-Sexo/noticia/2012/11/transei-quantas-vezes-tive-vontade-com-quem-eu-quis.html

#acheidigno

Andreh Carvalho

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