Quando um homem decide contratar os serviços de uma prostituta ou acompanhante sexual ele tem certeza de que sabe separar as coisas. Mas, pelo visto, alguns de nós realmente acreditam que podem comprar amor com dinheiro. Um estudo recente divulgado pelo site Men and Masculinities descobriu que cerca de um terço dos homens que pagam por sexo querem mais do que uma mera trepada -- eles querem um relacionamento sério.
A pesquisa teve como base milhares de opiniões publicadas no fórum TheEroticReview -- onde clientes e acompanhantes podem discutir encontros e trocar experiências. Coletados entre 2006-2011, os comentários apresentaram um desejo mais intenso do que a satisfação física. Intimidade, conexão emocional, afeto e alívio sexual ficaram entre os sentimentos mais citados pelos “consumidores” enquanto desfrutavam do serviço.
Realizado por Ronald Weitzer, professor de sociologia da Universidade George Washington, juntamente com a sexologista Christine Milrod, o estudo também observou as mudanças na maneira com que os serviços das profissionais do sexo são oferecidos -- especificamente a crescente popularidade da “namoradinha de aluguel”, na qual o relacionamento entre o cliente e a acompanhante se torna propositalmente semi-afetivo.
“Nos últimos anos, acompanhamos uma ‘normalização’ gradativa da prostituição independente, onde os encontros sexuais acabam remontando semi-relacionamentos”, comenta Milrod. A análise mostrou que os clientes regulares de certas ‘fornecedoras’ geralmente são acometidos de um sentimento profundo de carinho, o que pode se transformar “numa autêntica história de amor”, segundo a cientista.
A “normalização” mencionada por Milrod pode aparecer na forma de finanças, famílias e até mesmo num eventual relacionamento monogâmico. Durante a experiência, o sexo continua sendo parte do serviço, porém o pacote inclui compreensão, apoio e companheirismo. Além disso, os especialistas garantem que, como qualquer outra atividade comercial de lazer, a intimidade agora está disponível por um preço. E aí, quanto você pagaria por ela?
Que coisa, não?!?
Andreh Carvalho
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