quarta-feira, 1 de agosto de 2012

'7 coisas que deviam ter nos contado sobre sexo - mas não tiveram a decência de fazê-lo'

Os franceses são ruins de cama. Foi o que disse uma colega de trabalho que havia passado um tempo na França. Dentre várias coisas que poderiam ser ditas em matéria de sexo, creio que esta seja a que mais poderia me desestabilizar emocionalmente. Afinal, acho impossível uma pessoa normal considerar ruins de cama as pessoas de um país que nos rendeu criaturas como Eva Green, Louis Garrell, Emmanuelle Béart, Romain Duris e tantos outros. É uma combinação de tantos fatores excitantes sobre aquele povo, que me soou completamente descabida aquela afirmação. Acho que se me falarem em francês que o papel higiênico acabou, o zíper da minha calça se abrirá da mesma maneira.

Com o tempo (e uma quilometragem mais rodada) a gente vai aprendendo que existem vários fatores que nos levam àquela noite de sexo que vai deixar um sorrisinho meio besta na nossa cara pelas próximas semanas. É necessário que se forme todo um clima que nos deixe no ponto.

Dizem que o ponto G encontra-se no cérebro das mulheres, mas algo semelhante acontece com os homens – ou vocês pensam que uma ereção vem de um simples esfrega-esfrega? Pensar isso é o cúmulo do cabaço mental de uma pessoa. E como uma coisa leva a outra, quando fui ver, já havia sido formada uma lista com sete coisas sobre sexo que deviam ser contadas para todo mundo – mas ninguém teve a decência de fazê-lo.
Até agora.

1 – Tamanho é documento.

E não adianta mentir, dizendo que não. Tamanho é documento e isso poderá (e será) usado contra você, como dizem os policiais de filmes americanos. Ou a favor, também pode ser.

Se o sexo foi ótimo e o membro é grande, palmas para ele. Se ele era grande, mas o sexo foi ruim: culpa dele que machucou. Se ele era pequeno e a noite foi incrível, eis o milagre da tecnologia: arrojado e eficiente é o aparelho. Mas se o serviço ficou pela metade, a culpa foi do curto alcance. Mas se o pinto for médio, as chances da trepada ser esquecida sobem para 90%.

2 – Se está pendurado, não é pra ser sugado.

Não importa o seu sexo – ao ler esta frase, bateu uma gastura. Homens e mulheres possuem partes arredondadas, de grande sensibilidade e que ficam penduradas. Mas o que poucos percebem é que o que as impedem de cair são terminações nervosas.
Ou seja, pode brincar. É legal. Pode mostrar suas habilidades com a boca, quando estiver por lá – agradecemos a preferência. Mas, por favor, nada de sugar como se sua vida dependesse disso. Porque dói, e não é pouco. A dor é forte naqueles níveis em que nossa visão fica preta, vemos estrelas e escutamos a Joelma da Banda Calypso gritando.
Não é legal. Pode parar.

3 – Não é você, sou eu. Ou não.

Dizer que alguém é ruim de cama se mostra uma afirmativa errada em 70% dos casos. A mesma porcentagem se aplica a quando você diz que alguém é bom de cama. Existem vários fatores que influenciam uma foda bem dada. A sua forma física e mental. Sua disposição. Não adianta, você não vai do estado de The walking dead a Boogie Nights só porque alguém tirou a roupa na sua frente. Às vezes não é culpa do parceiro – é sua.

O oposto também acontece com a gente. Assim como existem fases onde nossa libido vai a zero, em algum momento você vai passar por aqueles dias em que será capaz de ficar excitado até vendo o Boris Casoy ou a Palmirinha na TV. Mas esses dois extremos são exceções, na regra somos pessoas normais e sadias sexualmente – ok, não todo mundo.
Nestes momentos mais “normais”, estamos suscetíveis a uma troca de energias com o parceiro. Existem pessoas que possuem a atração e o magnetismo de uma tábua de madeira. Em compensação existem aqueles que, só de falarem qualquer coisa (em francês, de preferência) já vão te deixar pronto de bala. E aí, meu querido, não precisa de muito para ter “aquela” noite.

Mas também tem gente que é ruim de cama mesmo. Tem gente que é capaz de estragar a noite de qualquer um, esteja sua libido onde estiver. Nestes casos, o jeito é aceitar a derrota (da vida) e apagar o número da pessoa do seu celular. Pois naqueles momentos de carência extrema vai bater a vontade de ligar, achando que nem foi tão ruim assim. Mas vai ser ruim novamente, ou pior. E daí você vai se sentir uma grande merda.

4 – Não é você, nem eu. Somos nós.

Se existe uma coisa que mostra a maturidade de uma pessoa com a vida, essa coisa é o sexo. A capacidade de alguém saber administrar as suas necessidades e ainda assim se adaptar para atender às do parceiro não é algo que se encontre todos os dias. Infelizmente. Você pode ser uma máquina do prazer, mas cada um tem um ritmo e um tempo. Cada um tem um ponto fraco e um ponto forte. Não é o mesmo espetáculo que vai fazer sucesso com todas as platéias. No decorrer da brincadeira, você vai ter que fazer algumas coisas diferentes. Algumas coisas que você nunca fez, que nunca esperou fazer, que nunca quis fazer. Claro que todo mundo com seus limites.
E se não deu pra segurar? Dê assistência! Dê uma mãozinha, uma boquinha, o que você quiser, mas não cometa os dois maiores crimes de uma relação sexual: pedir verbalmente para gozarem mais rápido e ir embora antes do outro terminar. É a morte de uma relação.

5 – Não é você, nem eu, nem nós. São eles.

Qual o problema de uma pequena interferência do mundo externo? Não, não falo necessariamente de ménage, swing, suruba e afins. Falo em brinquedos e brincadeiras que podem ser feitas, sem causar danos ao casal. Conheço gente que considera que a primeira invenção a ser feita na cama já decreta o fim do relacionamento. O que é uma mentira, contanto que você ainda esteja na cama por conta da outra pessoa – e não pelos brinquedos.
E nessa levada, podem ser considerados também filmes e revistas que excitem o casal. Outra prova de maturidade é você aceitar que seu parceiro vai se excitar e fantasiar com outras pessoas. E, se continuar apenas no “reino da fantasia” (momento Xuxa), qual o problema?

6 – Eu e você, você e eu. Você e você, eu e eu.

O treino da vida sexual da maioria das pessoas (e da totalidade dos homens) foi com a masturbação. Não existe problema no parceiro se satisfazer consigo mesmo – e o mesmo se aplica a você. Não é porque os dois formaram um casal, que o reloginho sexual de ambos precisa apitar na mesma hora. Já vi gente que quando não estava a fim, não transava. E não admitia que o parceiro se aliviasse sozinho. Acho que ela poderia até se dispôr a ajudar, mas isso é algo mais pessoal. O fato em si é que, assim como dizem aquelas montagens irritantes do Facebook daqueles nossos amiguinhos de menor escolaridade, “o primeiro amor é o amor próprio”. E é mesmo.
Vão-se os anéis, ficam os dedos (reflitam a metáfora, na conotação mais sacana possível).

7 – Vamos fazer amor, sexo ou apenas foder?

Não entendo muito a dificuldade das pessoas em separarem essas três coisas. Todos possuem suas fases, muitos não as aceitam. Infelizmente, uma porrada de gente acredita que aquela fase em que você está mais interessado no sexo pelo próprio sexo seja algo errado e condenável.
Condenável é assinar uma coisa nos termos de compromisso e depois prestar outro tipo de serviço. Dizer que faz amor, mas quando termina é capaz de sair correndo para tomar banho, se vestir e ir para casa. Ou concordar em ter apenas sexo, mas esperar que depois vocês dois se preparem para dormir de conchinha e, posteriormente, se sentir no direito de reclamar como se a outra parte houvesse lhe prometido amor.

Entenderam o esquema agora, amores?!?

Andreh Carvalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário